Wednesday, 8 July 2009

Amaurocichla bocagii

Tirei esta foto a exactamente um ano. É uma foto muito especial, não só porque tive de fazer uma caminhada de 11 horas para a conseguir, mas porque se trata da primeira vez que um juvenil desta espécie foi visto! Este é um exemplar de São Tomé Short-tail, um género endémico da ilha e um dos animais de mais dificil observação, tanto é que durante 100 anos ninguém conseguiu encontrar um destes animais, temendo-se mesmo que se encontravam extintos. Esta é uma das minhas fotos que fazem parte do Arkive, uma projecto apadrinhado pelo Sir David Attenborough que visa compilar fotos e videos de algumas das espécies mais ameaçadas do planeta, aqui fica o link : http://www.arkive.org/ .

Tuesday, 7 July 2009

Hemidactylus mabouia

Apresento-vos uma recém chegada à ilha da Madeira. Trata-se de uma Osga-caseira-tropical, uma espécie originária da África Sub-Sariana que naturalmente ou graças a mão humana têm vindo a expandir a sua distribuição e actualmente pode ser encontrada no continente americano, nas Caraíbas e em várias ilhas oceânicas. O primeiro registo para a Madeira data de 2001, na zona da Achada, Funchal. Pode ser facilmente distinguida das osgas do género Tarentola pela presença de garras em todos os dedos. Este exemplar foi encontrado no centro do Funchal, graças aos olhos de lince da Sarah.

Monday, 6 July 2009

Alectoris rufa

Esta é uma das muitas perdizes que encontrei numa curta visita ao Porto Santo. Trata-se de uma espécie nativa da Península Ibérica e do Sul de França e é relativamente comum em todo o território nacional. Nas Ilhas da Madeira e Porto Santo foi introduzida com com fins cinegéticos e é alvo de reintroduções anuais.

Friday, 3 July 2009

Embriza citrinella


Fotografei esta escrevedeira-amarela numa saída de campo de um curso em ecologia e conservação que tive oportunidade de fazer na Polónia. Trata-se de uma ave que apresenta uma vasta distribuição europeia mas no entanto se encontra ausente da quase totalidade da Península Ibérica. Apresenta um canto muito específico, composto por uma série de notas curtas repetidas que lhe valeu o nome de “a little-bit-of-bread-and-no-cheese” em algumas regiões de Inglaterra e de “may-the-Devil-take-you” na Escócia. A semelhança de muitas outras espécies associadas a habitats agrícolas tradicionais, esta espécie têm sofrido grandes declínios populacionais como resultado da intensificação agrícola.

Oceanodroma castro

Durante a minha estadia na Selvagem Grande tive a sorte de acompanhar os trabalhos de uma equipa de investigação que estava a trabalhar com aves marinhas, o que me permitiu fotografar esta espécie durante uma saída nocturna. Trata-se de um roque-de-castro, de painho-da-Madeira ou de um angelito, dependendo se perguntamos a um Madeirense, um Continental ou um Açoriano. É uma espécie que habita ilhas dispersas nos Oceanos Atlântico e Pacífico e que na Europa apenas pode ser encontrada nos arquipélagos Macaronésicos e nas Berlengas. Esta espécie apresenta duas populações com comportamentos, morfologias e épocas de reprodução bastantes distintas, o que parece indicar que se possam tratar de espécies distintas.

Thursday, 2 July 2009

Pleurodeles walti

Fotografei esta salamandra-de-costelas-salientes a atravessar a estrada em Monfragüe após uma valente chuvada, infelizmente muitos dos outros anfíbios que encontrei já tinham sido atropelados. Esta espécie é endémica da Península Ibérica e do Noroeste de Marrocos e na natureza pode crescer até uns espantosos 30 cm. Apesar de amplamente distribuída pelo Sul de Portugal as suas populações têm vindo a diminuir nos últimos anos em resultado da perda de habitat, da introdução do lagostim-vermelho-da-Luisiana e de peixes exóticos. Em 1985 10 animais desta espécie foram levados ao espaço para estudos de microgravidade e desde então foram estudados em outras 5 missões espaciais.

Psammodromus algirus

Esta é uma lagartixa-do-mato, um dos répteis mais comuns da nossa fauna, podendo ser encontrado em quase toda a Península Ibérica, numa pequena faixa no Sul de França e na maior parte de Marrocos, Norte da Argélia e Noroeste da Tunísia. Prefere zonas com uma reduzida cobertura arbustiva e pode habitar qualquer habitat, incluindo zonas com elevada pressão humana. Esta foto foi realizada numa belíssima saída de campo ao Parque Natural de Monfragüe.

Wednesday, 1 July 2009

Butorides striatus

Para mudar de ares aqui fica uma foto de São Tomé. Não se trata de nenhum dos endémicos, mas sim de uma espécie com uma vasta distribução que se estende do oeste africano até ao Japão, passado pela Austrália e pela América do Sul. Tanto em São Tomé como no Príncipe é uma espécie relativamente comum junto a foz dos rios e ribeiras e contrariamente a outras espécies de pequenas garças não é de dificil observação. Alimenta-se sobretudo de peixe, anfíbios e insectos aquáticos, que pesca por “emboscada” usando por vezes iscos, tais como penas ou folhas que deposita à tona de água, atraindo assim os peixes. Em São Tomé e Príncipe é conhecida como Chuchu ou Gallo-d’água, enquanto que em português o seu nome é Garça-de-cabeça-negra.

Tuesday, 30 June 2009

Passer montanus

Acho que está é a minha foto preferida da Polónia. Trata-se de um pardal-montês, uma ave que parece uma versão reduzida do bem mais abundante pardal-comum. É uma espécie que embora se encontre associada à presença humana evita grandes aglomerados urbanos, preferindo zonas rurais, onde nidifica em cavidades de árvores e edifícios. Além das menores dimensões distingue-se do pardal-comum pelo barrete totalmente castanho, pela mancha preta na face e pelo babete preto muito menos extenso. Encontra-se distribuido pela quase totalidade da região Paleártica e Indomalaia, sendo que em Portugal é mais comum na metade norte do país. Esta foto foi realizada no Parque Nacional de Bialowieza, uma das áreas naturais de maior interesse da Europa e um dos últimos redutos do Bisonte-europeu que embora tenha visto não consegui fotografar.

Monday, 29 June 2009

Rissa tridactyla

Esta não é uma foto particularmente artística, apenas a apresento aqui porque se trata de um registo relativamente raro para a Madeira. Estes animais pertecem a um grupo de Gaivota-tridáctilas que observei junto à Baia do Funchal, numa saída de barco para comemorar o aniversário da Sarah. Trata-se de uma gaivota relativamente comum ao largo de Portugal continental entre os meses de Novembro e Março. Está perfeitamente à vontade no meio oceânico e a sua ocorrência em terra está na sua maioria relacionada com temporais.

Chlidonias leucopterus

Esta é uma das aves mais bonitas que vi na Polónia. Trata-se de uma Gaivina-d’asa-branca, uma espécie que durante a época de reprodução pode ser encontrada nas zonas húmidas do Sudeste europeu e da Ásia Central e que por sua vez no Inverno migra para África, para o sudeste Asiático e para a Australia. Esta foto foi tirada no Parque Nacional de Biebrza, localizado no Norte da Polónia, junto a fronteira com a Bielorrússia

Anthus b. bertheloti

Mais uma foto das Selvagens, desta feita um Corre-caminhos, uma ave exclusiva dos arquipélagos das Selvagens, Madeira e Canárias. No arquipélago da Madeira está presente a sub-espécie A. b. madeirensis, ao passo que as Canárias e Selvagens está presente a sub-espécie A. b. berthelotii. A população desta espécie na Selvagem Grande tem vindo a aumentar após a operação de erradicação dos murganhos e coelhos-bravos e tem-se observado um elevado número de posturas com 3 ovos, algo que não acontecia anteriormente.

Saturday, 27 June 2009

Ixobrychus minutus

Eis uma espécie que nunca tinha visto na Madeira, um Garçote. Acho que não estarei a mentir se disser que devo ser a única pessoa a ter fotografado esta espécie na ilha. É uma garça muito pequena, que em Portugal continental está presente entre os meses de Abril e Setembro. É pouco comum em toda a sua área de distribuição o que aliado aos seus hábitos discretos e crepusculares faz com que seja de muito dificil observação. Esta foto foi tirada na lagoa do Lugar de Baixo, um dos melhores locais da ilha para raridades.

Tarentola bischoffi


Apresento-vos o animal com o qual estive a trabalhar nos últimos tempos - a Osga-das-Selvagens. Trata-se de um endemismo do arquipélago das Selvagens e ocorrendo em três subpopulações isoladas na Selvagem Grande, na Selvagem Pequena e no Ilhéu de fora. É relativamente comum em toda a sua área de distribuição, atingindo maiores densidades na zona do planalto central da Selvagem Grande. Esta espécie parece ter beneficiado da erradicação dos coelhos e ratos e os seus números têm aumentado bastante.

Colias crocea

Esta é uma das borboletas mais bonitas da Madeira e o seu nome comum, Maravilha, é reflexo disso mesmo. É relativamente comum e pode ser encontrada na ilha durante todo o ano, sendo mais abundante nas altitutes mais baixas. Este exemplar foi fotografado na zona do Fanal, em plena Laurissilva.

Tuesday, 2 June 2009

Cercopithecus mona

Esta espécie de mono é nativa do Golfo da Guiné, mas foi introduzida nas ilha de Grenada nas Caraibas e em São Tomé e Principe, onde é relativamente comum apesar da forte pressão de caça. Tanto em São Tomé como no Principe estes animais são caçados tanto para consumo proprio, mas essencialmente para vende a restaurante, a um preço de menos de 2 euros (entre 20 mil e as 70 mil dobras locais)!!

Tuesday, 19 May 2009

Somateria mollissima

Este é um macho de Eider, fotografado no London Wetland Center. Esta espécie apresenta uma distribuição holártica, sendo que as populações europeias são parcialmente migradoras. Os machos apresentam uma plumagem preta e branca caracteristica, sendo que as fêmeas apresentam uma cor acastanhada e listas escuras no dorso e nos flancos. A palavra edredão deve-se a esta espécie, já que a palavra, de origem islandesa, significa “penugem do êider”.

Monday, 18 May 2009

Podarcis hispanica

Esta espécie ocupa quase totalmente a Península Ibérica, o Norte de África e o Sudoeste de França, distribuindo-se desde o nível do mar até aos 3481 m, na Serra Nevada. Apresenta uma elevada variabilidade intraespecífica e no terço Norte de Portugal pode ser encontrado o morfotipo 1, de cabeça e corpos deprimidos, coloração dorsal parda escura e zonas ventrais claras, ao passo que nos dois terços meridionais do país pode ser encontrado o morfotipo 2, mais robusto, de cabeça relativamente alta, com zonas dorsais frequentemente esverdeadas, ou de tom pardo claro, e ventre amarelo ou alaranjado.

Sunday, 17 May 2009

Tarentola mauritanica

Para comemorar a meia centena de fotos apresento-vos uma das espécies com a qual vou estar a trabalhar nos próximos tempos: a Osga-comum. Esta espécie encontra-se distribuída por toda a bacia do Mediterrâneo e apresenta uma distribuição continua em todo o nosso território nacional. Terá sido introduzida a cerca de 15 anos na ilha da Madeira e mais recentemente terá conseguido chegar a ilha de Porto Santo. Ocupa essencialmente superfícies verticais tais como muros, locais pedregosos e troncos de árvores. Associa-se também a ambientes humanizados, ocorrendo frequentemente em locais com iluminação artificial. É crença comum que este animal é venenoso, mas tal não passa de um mito.

Saturday, 16 May 2009

Untitled # 2

Esta é mais uma espécie que ainda não consegui identificar. Trata-se de uma rã-arborícola que encontrei no Hell’s Gate National Park no Quénia, durante os trabalhos de campo do curso em ecologia de Savana.

Thursday, 14 May 2009

Tyto alba

Esta é a Coruja das torres e é a rapina nocturna com maior área de distribuição, habitando todos os continentes a excepção da Antárctica. Pode ser encontrada em Portugal durante todo o ano, sendo que para a Madeira está descrita uma sub-espécie endémica (T. a. schmitzi) que apresenta uma cor mais escura que a forma continental. Uma vez pousada, chama a atenção a sua face branca, em forma de coração e uma vez e voo, a plumagem essencialmente branca e as vocalizações assustadoras fazem com que está espécie tenha um ar realmente fantasmagórico.

Monday, 11 May 2009

Aegypius monachus

Finalmente consegui fotografar uma das espécies que empresta o nome a este blog. Trata-se do Abutre negro, a maior ave necrófaga da Europa. Esta espécie, outrora comum em Portugal sofreu com a regressão do bosque mediterrânico, factor que levou ao seu desaparecimento total na década de 80. Actualmente está lentamente a recolinizar o país, no entanto o seu estatuto ainda está longe de ser favorável e encontra-se descrita como criticamente em perigo. O nome Aegypius monachus, dado por Linnaeus, deve-se no primeiro caso porque é uma ave de rapina da família accipiter e no segundo porque monachus significa frade ou monge e deve-se ao capuz que esta ave ostenta.

Sunday, 10 May 2009

Estrilda astrild

Eis o Bico-de-lacre, uma das aves não nativas mais comuns da Península Ibérica. É originaria de África, no entanto está presente em estado selvagem no nosso país desde 1968 após fuga de animais em cativeiro. É facilmente identificável pelo espesso bico vermelho e pela máscara da mesma cor que se estende para trás do olho. No final da última década esta ave terá colonizado também a Madeira e os Açores. Este indivíduo foi fotografado durante o meu trabalho de campo em São Tomé, onde esta espécie também foi introduzida.

Erithacus rubecula

Esta é uma das aves mais conspícuas da nossa fauna. Trata-se do pisco-de-peito-ruivo fotografado na floresta Laurissilva, na ilha da Madeira. Esta espécie é facilmente reconhecida pela enorme mancha laranja que se estende da testa até ao peito. Pode ser encontrada em todo o território nacional, incluindo nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, para os quais está descrita a sub-espécie E. r. microrhynchos que está aqui representada.

Thursday, 7 May 2009

Loxodonta africana

Eis o maior animal terrestre, o Elefante africano de savana. Pode chegar até cerca de 7 m e meio de comprimento e medir 3 m e meio de altura! Em adultos o peso costuma variar entre as 6 e as 9 toneladas, no entanto o maior animal desta espécie alguma vez registado morto em Angola em 1955 pesava 12,274 kg!! Até recentemente, acreditava-se existir apenas duas espécies de elefantes, o africano e o asiático, no entanto estudos genéticos trouxeram à luz uma nova espécie, o elefante de floresta, que é mais pequeno que os restantes e habita nas florestas centro africanas.

Wednesday, 6 May 2009

Gyps fulvus

Pesando entre 6 a 12 kg e medindo até 1 metro de comprimento e 2,7 metros de envergadura o Grifo é uma das maiores aves da nossa avifauna. No nossos país nidificam algumas centenas destes animais, sendo que as maiores concentrações podem ser encontrada na metade mais a Sul do território nacional. Como os demais abutres estas aves são necrófagas, alimentando-se quase exclusivamente de cadáveres que encontram com o auxilio de correntes térmicas ascendentes, que lhes permitem cobrir enormes distâncias com um baixo dispêndio de energia.

Tuesday, 5 May 2009

Coronella girondica

Estão descritas 3 espécies para o género Coronella: a C. brachyura (que apenas podes ser encontrada na Índia), a C. autriaca e a C. girondica. As duas últimas podem ser encontradas na Península Ibérica e esta que aqui vos apresento é a C. girondica ou Cobra-lisa-meridonal. Esta espécie ocupa quase todo o território nacional contudo é predominantemente crepuscular e nocturna, o que faz com que seja difícil de detecção. Apesar de não ser venenosa têm como um dos principais factores de ameaça a perseguição humana.

Monday, 4 May 2009

Glareola pratincola

Chama-se perdiz-do-mar, no entanto não se trata de uma perdiz, nem vive no mar! Trata-se de uma limícola muito peculiar de formas muito parecidas às de uma andorinha-do-mar, razão pela qual Lineu terá primeiramente agrupado este animal no género Hirundo. Pode ser encontrada no nosso país entre os meses de Março e Setembro em zonas húmidas situadas em zonas abertas e amplas. Alimenta-se sobretudo de insectos que captura em voo e curiosamente as suas vocalizações assemelham-se ao riso humano.

Wednesday, 29 April 2009

Aquila rapax

Águia-rapace fotografada em Laikipia, Quénia. Esta águia pode ser encontrada por grande parte no continente africano e do sudoeste asiático. É essencialmente necrófaga, mas caça pequenos mamíferos, repteis e aves. Por vezes rouba as presas de outras aves de rapina.

Tuesday, 28 April 2009

Rana temporaria

Hoje, dia 28 de Abril é o Save the Frog Day. Os anfíbios representam o grupo animal mais ameaçado de extinção! Sendo que 1 em cada 3 destes animais encontra-se em serio risco de desaparecer. Esta é uma Rã-comum-europeia fotografada em Silwood Park, Reino Unido. Apesar da sua vasta distribuição europeia, esta espécie encontra-se ausente de grande parte da Península Ibérica. Pode crescer até 8 cm de comprimento e passa grande parte da sua vida adulta em terra. Para saber mais sobre esta campanha por favor visite: http://www.saveafrog.org/ .

Monday, 27 April 2009

Schistometopum thomense

Cecília de São Tomé, um dos animais mais sui generis da ilha. Pertence à ordem Gymnophiona ou Apoda, que inclui cerca de 150 espécies que se caracterizam pela ausência de patas, o que lhes confere uma aparência de minhocas ou cobras. A existência deste animal em São Tomé representa um grande enigma, uma vez que o animal filogeneticamente mais próximo se encontra na África Oriental, nas montanhas do Quénia e Tanzânia.

Triturus marmoratus

Tritão-marmoreado fotografado em Mogadouro, Portugal. Esta espécie pode ser encontrada apenas no Norte da Península Ibérica e no sudoeste de França sendo que no Sul da Península Ibérica é substituída pelo mais pequeno tritão-marmoreado-pigmeu. Embora comuns, estas espécies não são facilmente observadas, uma vez que passam grande parte do seu tempo escondidas debaixo de troncos caídos, rochas e noutros locais húmidos.

Sunday, 26 April 2009

Bufo bufo

Sapo-comum. A distribuição desta espécie vai desde a Sibéria até o Nordeste Africano, ocupando grande parte da Europa com a excepção da Irlanda e de algumas ilhas do Mediterrânico. Os adultos passam a maior parte do ano em terra, sendo que alguns exemplares podem crescer até 18 cm de comprimento. Alimentam-se sobretudo de invertebrados que caçam com a sua língua pegajosa mas os indivíduos de maior tamanho podem também alimentar-se de pequenos anfíbios, répteis e mesmo mamíferos.

Saturday, 25 April 2009

Alytes obstetricians

Sapo-parteiro-comum fotografado no Parque Natural de Gorbea, Espanha. Esta espécie distribui-se por toda a Europa ocidental, sendo que em Portugal apenas pode ser encontrada a Norte do rio Tejo e na Serra de São Mamede. O nome comum deve-se ao facto de serem os machos a cuidarem dos ovos, transportando-os nas costas.

Tuesday, 21 April 2009

Tichodroma muraria


Esta é a trepadeira-dos-muros e é a única representante do seu género. Nidifica nas zonas montanhosas da Europa entre os 1000 e 3000 metros e em Portugal é uma espécie rara e que pode passar facilmente despercebida devido à inacessibilidade dos locais que frequenta. Destaca-se pelo tom vermelho carmim das suas asas, que abre enquanto trepa. Este exemplar foi fotografado nos Pirenéus espanhóis, no Parque Nacional de Ordesa.

Coracias caudatus

Fotografei este rolieiro-de-peito-lilás durante um curso em ecologia tropical no Kenya. Esta espécie apresenta uma distrituição alargada no continete africano, no entanto, em Portugal somos visitados por uma ave deste grupo: O rolieiro-europeu (Coracias garrulus) que é uma das aves mais coloridas da nossa avifauna. Passa a maior parte do tempo posado em ramos de árvore, postes de electricidade e outros locais elevados, de onde consegue detectar possíveis presas. Infelizmente, as suas populações têm vindo a diminuir, pelo que o contacto com esta espécie se tem tornado mais difícil nos últimos anos.

Monday, 20 April 2009

Stenella frontalis


Uma das espécies de cetáceos que tive a oportunidade de fotografar enquanto realizava voluntariado com o Projecto Cetáceos Madeira (http://www.cetaceos-madeira.com/). Trata-se de Golfinhos-pintados, uma espécie endémica das águas temperadas e tropicais do Atlântico e uma das mais comuns nos mares da Madeira.

Sunday, 19 April 2009

Macaca sylvanus

O Macaco de Berbería é a última espécie de primata não humano a viver em estado selvagem na Europa. Trata-se da única espécie do género Macaca que vive fora do continente asiático, podendo ser encontrada apenas em Marrocos e na Algeria na região das montanhas do Atlas e em Gibraltar onde cerca de 230 animais sobrevivem, divididos em 5 grupos.

Tuesday, 14 April 2009

Cinclus cinclus



A foto em si não está nada de especial. Apenas a publico porque se trata de um dos meus animais preferidos. Trata-se de um Melro d’água, encontrei-o enquanto passeava no Parque Nacional de Ordesa. Apesar de não ser uma espécie particularmente rara é de difícil observação. Em Portugal ocorre sobretudo nas regiões altas do Centro e Norte do país e segundo palavras alheias “A observação de um melro-d’água a mergulhar ou a “dançar” sobre uma pedra é um dos espectáculos mais fascinantes que a avifauna portuguesa tem para nos oferecer.”

Tuesday, 7 April 2009

Iberolacerta m. monticola


Passei grande parte da minha última semana a procura deste animal. Trata-se da lagartixa-da-montanha, uma espécie exclusiva da Península Ibérica e que em Portugal só pode ser encontrada na Serra da Estrela na forma da subespécie endémica. Encontra-se classificada como Vulnerável no entanto a sua observação é relativamente fácil, especialmente na zona da Torre onde atinge densidades bastante elevadas. A enorme concentração espacial desta espécie na Serra da Estrela constitui um dos mais importantes factores de ameaça uma vez que fenómenos estocásticos, tais como epidemias ou condições ambientais particularmente extremas poderiam afectar toda ou grande parte população, pondo assim a sua sobrevivência em risco.

Thursday, 19 March 2009

Capra pyrenaica


Outrora passeavam-se pela Península Ibérica quatro sub-espécies de Cabra Montesa, dessas já apenas sobrevivem duas. A primeira a desaparecer foi a sub-espécie portuguesa (Capra p. lusitanica) em 1892 e pouco mais de um século depois, em 2000 seguiu-se-lhe a sub-espécie dos Pirineus (Capra p. pyrenaica), quando a última fêmea, de nome Célia, morreu supostamente vitima da queda de uma árvore. A sub-espécie dos Pirineus, foi também o primeiro animal a deixar de estar extinto, isto após a clonagem de um individuo, que morreu 7 minutos após o nascimento, por insuficiência pulmonar. Estas que aqui vos apresento pertencem a sub-espécie Capra p. hispanica, sub-espécie que em 1998 foi observada pela primeira vez em Portugal, no parque da Peneda-Gerês. Um muito obrigado ao José e a Guru pela oportunidade que me deram de tirar estas fotos, que foram realizadas numa pequena aldeia a duas horas de distância de Zaragoza.

Tuesday, 17 March 2009

Pelophylax perezi

Rã-verde, fotografada em Miranda do Douro, durante um curso de iniciação à ornitologia. Em criança um dos meus passatempos preferidos era apanhar estes animais que foram introduzidos na Madeira em lagos de jardim de casas senhorais, tendo depois escapado e actualmente encontram-se amplamente distribuidas por toda a ilha.

Fringilla c. maderensis


Mais uma ave da Madeira, desta feita o tentilhão (Fringilla coelebs maderensis). Ainda não é considerada uma espécie endémica, mas vai a caminho disso (ainda que o caminho para a especiação seja bem, bem longo!), é uma sub-espécie endémica e uma das aves mais facilmente vistas num passeio nas levadas da ilha.

Monday, 16 March 2009

Regulus madeirensis


Apresento-vos a ave mais pequena da Europa: o Bis-bis. Trata-se de uma ave endémica da ilha da Madeira, que até 2003 era considerada uma sub-espécie da espécie Regulus ignicapillus que existe no continente. É facilmente avistada aquando de um passeio pela Laurissilva e deve o seu nome ao seu canto em que parece dizer "bis bis".

Sunday, 15 March 2009

Nectarinia newtonii


Apresento-vos a imagem que serviu de capa à minha tese de mestrado e que irá servir de background ao poster que irei apresentar na Cambridge Student Conference on Conservation Science dentro de uma semana. Trata-se de uma ave endémica de São Tomé, o Beija-flor-de-peito-amarelo ou Selêlê como é conhecido na ilha. É extremamente comum em todos os tipos de habitats, desde floresta tropical a plantações de café e de cacau e na própria capital. Embora o seu pequeno tamanho não escapa à mira das fisgas e é caçada para alimentação, segundo consta apenas não se aproveitam o bico e as patas.

Friday, 13 March 2009

Pelobates cultripes


Sapo-de-unha-negra fotografado em Montemor-o-Novo. Exclusiva da Península Ibérica e de algumas zonas de França, esta espécie apresenta hábitos estritamente nocturnos, passando o dia enterrado em buracos que escava com as fortes unhas negras (que na verdade são tubérculos metatarsais) dos membros posteriores. A sua longevidade é de cerca de 10 anos (se bem que em cativeiro poderá ir até 15!) e atinge a maturidade sexual por volta do terceiro ano de idade.

Hyla arborea

Rela-comum fotografada perto de Grândola enquanto andava à caça de girinos de sapinho-de-unha-negra. Em Portugal existem uma outra espécie de rela: a rela-meridional (Hyla meridionalis), no entanto a rela-comum distingue-se desta porque apresenta uma banda escura lateral até às extremidades posteriores, enquanto a rela-meridional apenas apresenta esta banda até às extremidades anteriores.

Sciurus carolinensis


O esquilo cinzento é nativo da América do Norte, no entanto, foi introduzido no Reino Unido em meados do século XIX e desde então têm expandido a sua área de distribuição de tal forma que a subsistência do esquilo vermelho, nativo das ilhas britânicas se encontra extremamente ameaçada. Este exemplar foi fotografado no London Wetland Centre

Monday, 9 March 2009

Ceratotherium simum


Ainda existem 5 espécies de rinocerontes no Planeta sendo que o rinocerente branco é o mais comum. Até pouco tempo existiam duas subespécies: a do Norte (Ceratotherium simum cottoni) a do Sul (Ceratotherium simum simum), a verdade é que o rinoceronte branco do Norte já se encontra muito provavelmente extinto, uma vez que nenhum indivíduo foi encontrado desde 2006.